• Janeiro 11, 2024

O poder de um simples “como estás?”

O poder de um simples “como estás?”

De entre todas e tantas mudanças na nossa forma de estar, sobretudo pela correria dos dias e pelo ritmo alucinante que (sobre)vivemos, sobressai a forma como perdemos a capacidade de avaliar o peso das palavras.

E hoje, não me refiro ao poder negativo das palavras – que vamos falando – mas ao positivo, já que as palavras podem ser uma arma fundamental em matéria de saúde mental.

Por vezes, basta o “se precisares de alguma coisa, estou aqui” ou um tão simples “como estás?” para salvar o dia de alguém.

Ao mesmo tempo que estamos cada vez mais conectados, pelo digital nomeadamente, estamos também muito distantes neste sentido, na importância de dizermos ao outro que estamos e sentimos.

A palavra, uma mensagem, pode salvar uma vida! A palavra pode ser um curativo, um remédio, um pó para colorir o dia de alguém. Quando dizemos algo a alguém, há sempre alguém que vai receber essa palavra, vai receber aquilo que estamos a dizer.

Numa era em que é tão fácil dizermos tudo rapidamente, e a todos, falta-nos ter em conta que apenas um “como estás” pode ser decisivo na vida de alguém, que pode ser uma luz para quem não vê a saída.

Com isto, quero apenas alertar que é essencial estarmos atentos ao nossos amigos, à nossa família, a todos os que nos rodeiam e que a palavra é o instrumento mais poderoso que temos, para lhes transmitirmos que estamos aqui, que não fomos a lado nenhum e que se caírem continuamos cá para os levantar.

Acontece muito de termos determinada ideia sobre alguém, que está sempre bem e que por isso, não é tão essencial assim esse lado empático. Mas, sim, é! Não sabemos nunca o que está por detrás de um sorriso, já que as doenças mentais têm a particularidade de não ser visíveis, de não provocar uma ferida física notória.

Eu pergunto-vos, quando foi a última vez que ligaram a alguém a perguntar apenas se está bem?

E se pensarmos num bom dia caloroso: “bom dia, então como estás?” – não fará diferença?

É sobre isto que quero que reflitamos!

Sobre o poder da palavra e de nos importarmos através das palavras que podem aquecer o coração, ser bênção ou remédio que sara.