Pedro Moutinho é, simultaneamente, o Esfregão, o Saloio, a estátua viva, o assador de castanhas…

A viver em Rebordosa há três anos, faz das personagens a sua profissão.

Podemos chamar-lhe o homem das personagens, porque, efetivamente, as encarna com alma, mas Pedro Moutinho veste mais do que apenas um fato/disfarce, pois mergulha em cada uma delas de forma intensa, principalmente na de Pai Natal.

Já anda nisto há pelo menos 12 anos, sendo que esta quinta-feira, dia 11 de janeiro, veste, aquele papel que só é possível uma vez por ano, o de aniversariante, já que comemora mais um ano de vida.

Começou por ser o palhaço “Esfregão” e com ele não havia cá tristezas, já que era sua função ‘esfregar a mágoa’ e trazer alegria aos envolvidos no espetáculo. Foi uma personagem que o marcou bastante, já que foi Pedro quem construiu os próprios sapatos e idealizou todos os adereços.

Palhaço “Esfregão”, estátua viva, Saloio, Pai Natal, assador de castanhas, dupla de improviso, etc. Tudo era para ser apenas uma brincadeira, mas, hoje e volvidos tantos anos, tornou disto profissão e continua a vestir cada uma delas como se da primeira vez se tratasse, com o mesmo ânimo e vontade de fazer rir as pessoas, pois é esse o seu objetivo, contou, dizendo que até já ganhou três primeiros prémios graças à personagem de estátua viva. “Fui eu quem idealizou todos os adereços por forma a ficar tudo igual e a cor uniforme, não me tendo baseado em nenhuma já existente”, frisou. “Adquiri uma cartola, fui a uma loja de roupas usadas e comprei, também, um casaco de aba de grilo, depois as calças, meias, laço, peruca… e posso-lhe dizer que é tudo exatamente da mesma cor”, adiantou.

Em relação ao Saloio, esse é “aquele personagem meio morcão, que entra num casamento sem ser convidado, por exemplo”. “É uma personagem desconhecida que entra nos eventos e vai quebrar a monotonia”, disse.

A reportagem completa na edição de 11 de janeiro de 2024