Parteira Albertina Matos

Uma mulher que ajudou outras a ‘dar à luz’.

Maria Albertina Matos é solteira e não tem filhos, mas foi e será sempre parte integrante da vida de muitas mães, já que foi uma enfermeira parteira que ajudou a trazer muitos bebés ao mundo, principalmente das freguesias de Sobrosa, Besteiros, Cristelo, Duas Igrejas e Vilela.

Sempre que era chamada, lá ia com a sua maleta para poder fazer a sua parte no processo. Além do dom e da confiança, Maria Albertina era conhecedora de técnicas, de estratégias de cuidados para que a parturiente tivesse a melhor hora de parto possível. Nunca correu riscos e sempre que se apercebia de que a situação era mais complicada, logo tratava de encaminhar a grávida para o antigo Hospital da Misericórdia de Paredes.

Mudam-se os tempos e a tendência é que tudo evolua, mas, na verdade, está a ser cada vez mais frequente nos dias de hoje que a grávida tenha um parto mais humanizado, em que as decisões da mulher são respeitadas.

A sobrosense de 76 anos confessa já ter perdido a conta aos partos e não sabe se passaram pelas suas mãos mais nascimentos de meninos ou meninas. Felizmente, todos sobreviveram. Contudo, há algo que nunca esquece, nem esquecerá, “a alegria quando os via a nascer”. “Ninguém faz ideia, quando lhe limpava a carinha e o bebé chorava…”, é um momento que recorda com um sorriso estampado no rosto.

Costuma-se dizer que os bebés são todos bonitos quando nascem, concorda? “Sim, pois no dia que nascem têm um aspeto, no dia seguinte já é outra coisa”, defendeu.