- Maio 19, 2023
PSD volta a questionar executivo acerca das contas
Alexandre Almeida diz que “é preciso saber ler os dados tal como eles são”.
“O candidato Alexandre Almeida, em 2017, dizia que a dívida de 50 milhões era ingovernável e que o passivo de 100 milhões faria com que a câmara estivesse numa situação demasiado frágil”, disse Ricardo Sousa, vereador eleito pelo PSD, em reunião de executivo. “Pergunto-lhe, a dívida hoje [dia 4 de maio] que vem no Relatório do Auditor Externo passa de 50 milhões, o passivo são quase 200 milhões, o que o presidente Alexandre Almeida tem a dizer acerca disto?”, acrescentou.
O presidente do executivo camarário, Alexandre Almeida, acusou o toque e respondeu: “Em primeiro lugar, o passivo da câmara municipal são 85 milhões e, em 2017, eram 120 milhões”. “Portanto, não sei onde vai buscar esse valor, mas também não fico admirado por falar num valor que não é o valor que está nas contas municipais”, atirou.
Questionando o edil municipal, o social-democrata Ricardo Sousa afirmou: “Disse que os resultados se devem a uma boa gestão, porque até abateu em fornecedores 5 milhões de euros, mas aumentou nos empréstimos bancários…”. Nesse sentido, questionou: “Quanto é que custa ao município, a mais em juros, ao valor que estão, esses 5 milhões a mais que deve à banca e não deve aos fornecedores, por ano?”.
Quanto à questão do financiamento bancário, Alexandre Almeida disse: “Sabe perfeitamente que se tirássemos 21 milhões de euros que nós temos de financiamento bancário para um resgate, os débitos ao banco eram inferiores àqueles que tínhamos quando chegamos ao município, portanto, é preciso saber ler os dados tal como eles são”, afirmou.
“Não faz sentido, quase a pôr a hipótese que era preferível estar a dever aos fornecedores do que estar a dever à banca, isso é completamente irresponsável”, disse ainda Alexandre Almeida. “Nós estamos a fazer obras que vão durar 15/20 anos, é óbvio que temos que ajustar e pôr esse financiamento a esse mesmo prazo”, explicou. “Isso é o que temos vindo a fazer, isto é, não fazer obras à custa dos fornecedores. Os fornecedores fazem as obras têm que receber, é o que estamos a fazer”, disse ainda.
“Como baixamos o IMI para o mínimo e queremos honrar os nossos compromissos, fazemos financiamentos bancários ajustando à maturidade dos investimentos e isso é que nos tem permitido fazer obra e continuar com a saúde financeira que temos”, concluiu Alexandre Almeida.