- Maio 19, 2023
Implementadas câmaras óticas que detetam fogo na “escuridão”
Equipamentos cobrem 85% do território do Parque das Serras do Porto.
Quatro câmaras óticas com alcance de 10 quilómetros, capazes de detetar fogo mesmo na “escuridão”, estão a monitorizar, desde segunda-feira, mais de 5 mil dos 6 mil hectares do território do Parque das Serras do Porto.
Apoiado pelo Compete/Portugal 2020, através dos programas POCI e Lisboa 2020, o rePLANT, um projeto tecnológico “inédito” que junta empresas, universidades e centros de investigação para a valorização e defesa da floresta e do fogo, pretende, assim, “desenvolver a floresta, torná-la mais segura e provar que pessoas e máquinas podem colaborar entre si, criando um ecossistema de maior proteção ativa”.
O presidente da Câmara de Paredes e da Associação Parques das Serras do Porto, Alexandre Almeida, citado em nota de imprensa, destacou a importância dos equipamentos. “Além das quatro câmaras instaladas foram introduzidas mais inovações tecnológicas, como é o caso dos robôs, que vão fazer a limpeza da floresta, e das aplicações móveis para gerir a evolução das novas espécies plantadas, que contribuem para o grande desígnio de colocar o Parque das Serras à disposição da população”, defendeu.
O edil municipal frisou ainda que “é uma sorte ter três companhias privadas, a Sonae Arauco, a REN e a Navigator, que são proprietárias de parte dos seis mil hectares do Parque das Serras, com os mesmos interesses na gestão do território”.
De acordo com Carlos Fonseca, um dos responsáveis pelo projeto e Diretor Científico e Tecnológico do CoLAB ForestWISE, “são quatro câmaras que abrangem 5,1 mil hectares, ou seja, 85% do território”. De referir que “estas câmaras têm um alcance de 10 quilómetros e funcionam em 360 graus 24 horas por dia”.
Destaque-se que o Parque das Serras do Porto é composto por seis serras (Santa Justa, Pias, Castiçal, Santa Iria, Flores e Banjas), abrangendo os municípios de Gondomar, Paredes e Valongo, na Área Metropolitana do Porto, e tem uma extensão de quase 6 mil hectares, uma área que passou agora a estar sob a vigilância do projeto rePLANT.