- Setembro 23, 2024
Louredo, Postal Ilustrado
Louredo
Área: 2,88 km² de área
População: 1384 habitantes (Censos 2021)
A riqueza histórica e patrimonial são os pilares que sustentam o desenvolvimento e a promoção da freguesia de Louredo (da Serra) aos olhos de quem a vê de fora. José Borges, autarca de freguesia à beira de esgotar o seu tempo na Junta, lembra que Louredo tem história: foi Honra, foi Vila e Sede do Concelho com Comarca própria. E é a isto, à história, que a localidade, implantada na encosta da Serra de Santiago, se tem de agarrar. “Temos uma bela situação geográfica, e goza por isso de belas paisagens e ares que dão saúde”. Não é por acaso que Louredo da Serra “é conhecida” como a Varanda da Saúde.
Mas porque nem só de ar e paisagem vive o homem, o estômago quando dá horas, pode encontrar refúgio nos dois restaurantes da freguesia que, aos olhos de José Borges, estão “na vanguarda” do concelho. “Na minha opinião são os dois melhores restaurantes da região”, está dito, palavra de presidente.
Regressando ao turismo, porque o futuro de Louredo lhe pertence, é assumido que por ali “não há potencialidades comerciais nem industriais”, há pois que “agarrar a história, o património, as tradições e as potencialidades naturais”.
O caminho é, assim, para trilhar via Rota dos Brasileiros de Torna-viagem. Um trilho em construção que, além do terreno marcado para que as caminhadas não se percam, conduz os caminheiros à Casa da Castrália, um edifício classificado como Património Arquitetónico pela Câmara de Paredes e que recentemente foi adquirido para património público. É pretensão de José Borges colocar a infraestrutura ao serviço da população e de quem a visitar, o que poderá acontecer após as necessárias obras de restauro. Do projeto consta a criação de “salinhas” de chá, de miniconcertos, de minibiblioteca, etc.
O Parque Urbano de Miragaia-Louredo “é a menina dos olhos” do presidente. Um projeto antigo, “difícil de concretizar mas hoje é uma realidade”.
No contexto do concelho de Paredes, Louredo é uma “freguesia privilegiada” no que concerne à distribuição da água e tratamento de esgotos. A taxa de cobertura do território anda na casa dos 70 por cento. Falta apenas levar o serviço básico a uma pequena franja da freguesia, ou como diz José Borges “a uma encostadinha da serra” composta pelos lugares da Venda, Bela Vista e Alto do Facho e Venda Nova. Aí, não há água nem saneamento público. É uma “luta para continuar”, assim como “trabalhar” de modo a que seja criado “um acesso” digno desse nome que “ligue Louredo ao nó da autoestrada”, em Ferreira e depois “a ligação do Parque de Lazer a Gondalães”.
Para a “urgente” ampliação do cemitério da freguesia, já existe terreno e dinheiro. Falta avançar com a obra”. Que não morra no esquecimento deste postal ilustrado.