- Abril 4, 2024
A história de Sofia
De esperança, no meio da adversidade.
Nos corredores silenciosos de um hospital infantil, onde o cheiro de desinfetante se mistura com o som suave das máquinas médicas, viveu uma pequena heroína chamada Sofia. A sua história de vida é de autêntica coragem, determinação e amor incondicional, enfrentando os desafios impostos por uma doença rara com uma resiliência que inspira todos ao seu redor. Sofia Sousa, uma jovem de Recarei, Paredes, aos 20 meses de idade viu-lhe ser diagnosticado um grave problema de saúde.
Refira-se que a gestação de Sofia, bem como a sua estadia na barriga da mãe, sempre foi pacífica e muito calma e as ecografias nunca revelaram nada de anormal.
Aos 10 meses de vida, Sofia sentiu os sintomas de uma ligeira constipação, a mãe levo-a até ao Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, em Penafiel, e foi diagnosticada com princípios de pneumonia, pois nos exames médicos realizados foi vista uma pequena mancha. Veio para casa, com uma receita de antibiótico para administração. Porém, a medicação não fez efeito e voltou a dar entrada nas urgências, sempre com o diagnóstico de pneumonia.
O tempo passou e, aos 20 meses, quando corria o ano de 2013, Sofia engoliu uma moeda de cinco cêntimos. A mãe levou-a ao hospital de Valongo. Contudo, “eles não me conseguiram tirar a moeda e disseram que ela sairia nas fezes, algo que nunca aconteceu”, conta Sofia. Razão essa que levou a pediatra a marcar uma endoscopia no Hospital Santos Silva, em Gaia. Ainda assim, antes desse processo, foi necessário realizar uma TAC, de forma a perceber a localização mais precisa do objeto. “A moeda encontrava-se alojada junto ao estômago, daí nunca ter saído”, relata a jovem paredense.
Durante a realização e avaliação destes exames médicos, os profissionais de saúde detetaram que Sofia era portadora de um tumor. Ou seja, ficariam, assim, explicadas as constantes idas ao hospital, sempre diagnosticadas como pneumonia, mas que, afinal, tinha um outro nome. “Apesar do meu avô toda a vida se ter martirizado e culpado por me ter dado aquela moeda, no fundo, foi o ato de a engolir que me acabou por salvar”, sustenta. “Eu já nasci com o cancro. Fui dando sinais ao longo do tempo até ele ser verdadeiramente descoberto”, acrescenta.
A reportagem completa na edição de 4 de abril de 2024