• Julho 28, 2024

Voluntários evitam ‘fogos’ no Paredes Cup

Voluntários evitam ‘fogos’ no Paredes Cup

Nos bastidores do maior torneio de andebol de verão

Cerca de uma centena de voluntários, vindos de todo o país, entre os 16 e os 27 anos, asseguraram a quinta edição do Paredes Handball Cup, viabilizando um torneio que movimenta mais de 3.000 atletas, portugueses e estrangeiros.

À frente da equipa de voluntariado está Fábio Sousa, um paredense de Besteiros, de 24 anos, a quem bastou a experiência de um ano no terreno para mostrar qualidades de liderança capazes de convencer a organização da prova. Somou este ano a quarta edição como coordenador dos voluntários e não teve dúvidas em afirmar que “foi a melhor edição até agora”.

“É difícil gerir 100 pessoas, mas, felizmente, tive comigo na coordenação mais cinco pessoas, todas eles com passagem pelo voluntariado, o que me deixa ainda mais orgulhoso. Só tivemos duas ou três falhas de horários, o que me leva a fazer um balanço positivo e a dizer que foi a melhor edição até ao momento”, disse Fábio Sousa, ao jornal O PAREDENSE.

Para reforçar esta ideia, o jovem coordenador, pós-graduado em Contabilidade e Gestão, lembrou que “cerca de 70 por cento da equipa de voluntários era composta por estreantes, metade dos quais de fora do concelho de Paredes”.

Os voluntários mais próximos eram oriundos de Penafiel, Paços de Ferreira e Lousada, mas o resto da equipa tinha elementos de Vila Real, Porto, Aveiro, Viseu, Leiria, Mafra, Lisboa e Faro.

“A troco de alojamento, transporte e alimentação, fizeram um trabalho excecional, sendo curioso que os questionamos sobre as suas motivações e as respostas oscilaram entre conhecer outros voluntários, desafio pessoal ou divertimento”, sublinhou. Fábio Sousa tem presente que “todos eles tiveram de conciliar nos cinco dias as funções atribuídas para o torneio com a programação lúdica”, a que também tinham direito, numa prova superada de responsabilidade.

Tarefas para todos os gostos

O processo de candidatura junta, normalmente, três vezes mais as necessidades para o torneio, este ano com 85 voluntários em trabalho diário, de um total de cerca de uma centena. “Realizam-se duas reuniões de apresentação, uma online e outra presencial, e as escolhas recaem, normalmente, nos que mostram mais interesse e não falham a estes momentos”, revelou.

O momento seguinte passa pela distribuição de tarefas, que vão do apoio à alimentação, seja no controlo das senhas dos jogadores aos almoços e jantares até à gestão do espaço dos três refeitórios, num total de 12 voluntários nas três refeições servidas, à presença nas atividades, com o acompanhamento dos grupos à piscina verde ou o controlo dos insufláveis.

Fábio Sousa juntou ainda a preocupação no recrutamento de cativar elementos que dominem línguas estrangeiras, para receção e acompanhamento das comitivas no aeroporto e até à sua entrega às equipas de alojamento. Sem esquecer os transportes ou o lado mais divertido de organização das festas.

“Chegamos ao fim estourados, mas com a consciência do dever cumprido”, confessou, nua declaração que serve tanto as atuais funções de coordenador como as de voluntário, em que se estreou em 2018.

Voluntário com ideias

acabou em coordenador

Na altura, Fábio inscreveu-se pela “experiência”, integrado num grupo de “mais seis amigos”. Após a formação sobre o torneio, o grupo disponibilizou-se para assumir as atividades no pavilhão de Vandoma, retirando um problema à organização relativamente à definição de horários. “Um oficial de mesa afeta diretamente a competição, porque lhe compete a contagem do tempo, a anotação dos golos, dos marcadores e disciplina. Fizemos equipas de três elementos, definimos os nossos horários e assegurámos todos os jogos, para descanso da organização”, recordou.

A experiência correu de tal forma bem que, na edição seguinte, em 2019, Fábio Sousa, assumidamente alguém com “espírito de liderança”, foi convidado a mudar-se para o lado de dentro da organização. A experiência como presidente da associação de estudantes facilitou a angariação de voluntários, creditando-lhe pontos na ‘carta’ de coordenador, que não mais largou. Assim foram as últimas quatro edições. E a contar.