- Fevereiro 9, 2024
Vítor Cardoso, o promotor do xadrez
Este professor de geografia tem sido um dos impulsionadores da modalidade.
Se na última edição de O Paredense evidenciamos a ótica de um praticante de xadrez, desta feita focar-nos-emos em quem se tem empenhado em promover a modalidade. Vítor Cardoso é professor de geografia e tem sido um dos impulsionadores e dinamizadores do xadrez em Paredes, bem como na região, e até no país É detentor de um programa na Golo FM às sextas-feiras, o Peão E4, além de vários episódios, no Novum Canal, o Xeque-Mate, que “acompanha o mundo mágico das 64 casas”.
“Em Paredes, há alguns anos, o xadrez teve um clube federado, a Associação Clube Jazz de Baltar, que esteve, também, ligado a um professor de geografia, Joaquim Jorge”, disse, salientando que essa secção deixou de ter atividade. Entretanto, “temos o Vasco da Gama FC de Recarei”, que também tem a sua prática federada, bem como uma escola direcionada para este jogo de tabuleiro.
Questionado sobre a possibilidade de surgimento de novos clubes federados, o professor respondeu: “Sei que houve abordagens no sentido de tentar perceber como criar uma secção de xadrez”. “É um desporto barato, um tabuleiro e um conjunto de peças custam entre 8 a 9 euros e é um investimento durável”, realçou, dizendo que, apesar de os relógios serem um pouco mais caros, podem, numa primeira fase, ser substituídos pelas apps de telemóveis.
Além disso, os clubes têm a facilidade de o custo não ser muito e de existirem várias escolas onde o xadrez já existe como desporto escolar, ou seja, os jovens já têm os princípios básicos da modalidade, referiu.
“Em 2017 e 2018, tínhamos na CLDE Tâmega cinco grupos em equipas de xadrez, atualmente temos vinte e um, portanto, houve aqui um crescimento”, congratulou-se, dizendo que os pais, os alunos, os jovens e as entidades são os principais responsáveis.
“O xadrez tem-me ocupado bastante tempo, cada vez mais, também porque as escolas, bem como os alunos têm respondido a isso e me têm dado oportunidade de trabalhar com eles”, destacou.
Basicamente, o trabalho de Vítor Cardoso começou nas escolas onde tem lecionado, desde 2012, em diferentes partes do país. “Na altura, estava nos Açores a trabalhar e comecei a apresentar o xadrez ao 4.º ano de escolaridade, quase como um hobby, a tentar potenciar”, lembrou. No ano letivo seguinte, foi colocado no Alentejo e também apresentou o projeto à escola onde estava. “Eles acharam interessante e o xadrez acabou por funcionar como uma Atividade de Enriquecimento Curricular, e desde aí tenho trabalhado na promoção da modalidade”, assegurou, recordando a passagem por Felgueiras e agora pelo concelho paredense, mais propriamente, no Agrupamento de Escolas Daniel Faria, em Baltar.
A reportagem completa na edição de 8 de fevereiro de 2024