- Fevereiro 22, 2024
Vai nascer uma nova ETAR em Arreigada
Segundo o edil municipal pacense, a tutela priorizou a necessidade do investimento.
“Posso anunciar, de forma objetiva, que o Governo, através de uma Resolução do Conselho de Ministros, aprovou ou priorizou a construção da nova ETAR de Arreigada”, avançou Humberto Brito, presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, na última segunda-feira, dia 19 de fevereiro, após uma conferência de imprensa sobre o projeto em causa. “Para nós, é, efetivamente, uma decisão que nos agrada, depois de um trabalho intenso, no sentido de sensibilizar a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o próprio Ministério do Ambiente para a necessidade de darem um contributo para que possamos ter uma ETAR que trate as águas residuais do concelho, convenientemente”, acrescentou.
O investimento do equipamento, que se pretende que resolva definitivamente os problemas do equipamento existente, pode chegar aos 22 milhões de euros e será objeto de um concurso internacional de conceção e construção, ficando a futura exploração a cargo da concessionária do serviço de saneamento.
De salientar que, a atual estação de tratamento vai continuar a funcionar, desta feita, como apoio à nova estrutura que será construída em terrenos contíguos.
Refira-se que, segundo a autarquia, no dia 5 de fevereiro foi publicado em Diário da República a tabela das intervenções prioritárias do Plano Estratégico para o Abastecimento de Água e Gestão de Águas Residuais e Pluviais 2030 (PENSAARP 2030). “A construção da ETAR de Paços de Ferreira é a primeira grande opção desta lista, sendo considerado um dos investimentos de primeira prioridade em matéria de tratamento da água e saneamento”, afirmou.
Apesar de ter sido requalificada em 2020, num investimento de 5,1 milhões de euros, para dar resposta aos constrangimentos do anterior equipamento, nomeadamente, à incapacidade para comportar hidraulicamente o afluxo de águas residuais registado, a intervenção veio a revelar-se “insuficiente” e não permitiu resolver de vez o problema ambiental que tem atingido o Rio Ferreira e que afeta, sobretudo, a freguesia de Lordelo, em Paredes.
Frisando que esta nova ETAR irá dar resposta às necessidades do concelho, para o número de utilizadores que “ultrapassa os 130 mil habitantes”, Humberto Brito destacou estar prevista a capacidade de tratamento de águas residuais de “30 mil metros cúbicos por dia”, ou seja, o triplo da última intervenção, aquando da instalação de uma unidade de tratamento provisório, em outubro de 2022.
“O município de Paços de Ferreira não tem nada a temer. Estamos convencidos de que fizemos o nosso trabalho, agimos com responsabilidade e, nesse sentido, decidimos avançar com uma ação judicial contra o projetista, o empreiteiro e o produtor da tecnologia para apurar responsabilidades sobre a intervenção” e “para saber quem falhou neste processo”.