- Outubro 11, 2022
“Terá de ser feito um novo investimento de raiz para resolver problema da ETAR de Arreigada”, diz autarca de Paredes
O presidente da câmara municipal de Paredes avançou ontem, em reunião do executivo, que as autarquias de Paredes e Paços de Ferreira solicitaram uma audiência com o ministro do Ambiente para pedir mais verbas para resolver o problema de poluição no Rio Ferreira, causado pela ETAR de Arreigada, que custou mais de cinco milhões de euros e nunca funcionou em pleno.
Alexandre Almeida adiantou que “terá de ser feito um novo investimento de raiz para colocar uma ETAR definitivamente a funcionar como deveria”.
Questionado pela oposição sobre o ponto de situação da ETAR e a intervenção feita recentemente em Lordelo, para retirar as lamas e oxigenar o rio, o autarca explicou que “a câmara de Paços de Ferreira chegou à conclusão que os equipamentos não funcionam como era suposto” e já avançou com uma ação em tribunal contra a empresa responsável pela instalação da ETAR. Além disso, está a ser realizado um investimento de 150 mil euros para melhorar o sistema de tratamento da ETAR no imediato.
Já a câmara de Paredes iniciou um procedimento para retirar lamas e oxigenar o rio. “Entendemos que deveríamos fazê-lo, mas isso não quer dizer que depois não vamos assacar responsabilidades” sustentou.
A ideia inicial de construir um emissário para ligar a ETAR de Arreigada à ETAR de Campo já não vai avançar, garantiu também o autarca, sustentado que “não seria a melhor solução”.
Alexandre Almeida defendeu, ainda, que “a intervenção em curso não será suficiente para tratar todas as águas residuais”, tendo os dois municípios avançado com um pedido de audiência com o ministro do Ambiente para solicitar mais verbas. “Tem de haver uma nova verba para se fazerem as obras que se impõem e dotar a ETAR de capacidade para fazer o tratamento. Terá de ser o ministro do Ambiente a por cá fora um aviso para se poderem fazer aquelas obras”, assegurou.
Questionado pelos jornalistas sobre que obras em concreto é que serão necessárias, Alexandre Almeida sustentou que “será um investimento superior ao que já foi feito” para renovar a ETAR de Arreigada (cinco milhões de euros). “É uma nova ETAR que vai complementar a que já existe, com tecnologia diferente. Porque aquela não só falhou na tecnologia, mas pelo que está a ser verificado, mesmo que a tecnologia não falhasse, iria ser insuficiente para tratar os efluentes para os quais estava destinada”, sublinhou.
“Se a tecnologia tivesse sido a adequada, não estaríamos a ter os problemas que estamos a ter agora mas, mesmo assim, não estaria garantido o tratamento total dos efluentes”, acrescentou.