- Maio 17, 2024
Sobreirense ganhou a Champions
À terceira foi de vez e Rafa fez história no hóquei em patins
Sobreirense ganhou a Champions
Rafa Bessa é o primeiro paredense a conquistar a Liga dos Campeões de hóquei em patins, no primeiro ano como atleta do Sporting, após duas finais consecutivas perdidas pelo Valongo, e não esconde ambição de representar Portugal.
Foi com os “sentimentos ainda à flor da pele” que O PAREDENSE ouviu o estreante campeão europeu, na terceira tentativa consecutiva, por isso “o nervosismo foi maior” na final ganha pelo Sporting diante da Oliveirense, por 2-1.
“Felizmente conseguimos ganhar e o significado foi especial por ser a primeira Champions e, ainda por cima, na primeira época ao serviço do Sporting”, disse Rafa Bessa, admitindo que tinha nos atuais companheiros os seus ídolos há meia dúzia de anos atrás. Sonhava em poder um dia ser como eles e, no domingo, ao lado deles ergueu o desejado troféu. “É difícil explicar, mas a primeira reação foi chorar de alegria, depois pude, felizmente, festejar com a família e os amigos no pavilhão, pensando em todo o trabalho que deu até chegar aqui”, recordou. O jovem hoquista, de 23 anos, não esqueceu os adversários, vários deles antigos colegas no Valongo, assim como o próprio técnico, solidarizando-se com a sua “dor e frustração”, em especial quando os viu levantar as medalhas de consolação. “Por outro lado, sinto que a final do ano passado ganhou outro peso, porque grande parte daquela equipa do Valongo [que perdeu na final para o FC Porto, por 5-1] esteve nesta final”, observou, sem esconder o desejo de “fazer a dobradinha”, com a conquista do campeonato. Rafa Bessa diz que “seria quase surreal”, até porque o Sporting, quarto na fase regular, perdeu o fator casa se ultrapassar o Tonar nos ‘quartos’, com jogos a 19, 23 e 26 deste mês.
Tentar a ‘dobradinha’ e sonhar com a seleção
Campeão nacional na formação do Valongo (em sub-13, 15, 17, 20 e 23 e ainda da III Divisão), etapa seguinte à Casa do Povo da Sobreira, clube da sua terra e onde tudo começou, Rafa Bessa admitiu, com humildade, que olha para a seleção da forma que olhava antes para os seus atuais colegas. “Estou no Sporting a trabalhar para o Sporting, consciente de que as vitórias coletivas ajudam a parte individual. Seria um grande orgulho representar a seleção. Espero que aconteça e seja merecedor dessa enorme honra”, concluiu, já refeito da merecida e prolongada festa.
Afinal de contas, com Rafa Bessa no rinque, o Sporting reeditou os triunfos de 1976/77, 2018/19 e 2020/21, na sua quinta final, tornando-se no mais titulado clube português na competição, com mais um do que os ‘dragões’, mais dois do que o Benfica e mais três do que o Óquei de Barcelos.