• Fevereiro 6, 2020

Serras do Porto já têm passaporte para promover turismo e património

Serras do Porto já têm passaporte para promover turismo e património
A apresentação pública do passaporte das Serras do Porto com os autarcas de Valongo, Paredes e Gondomar e o Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal
Os autarcas de Valongo, Paredes e Gondomar com o Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal

Partir à descoberta do património natural, histórico e cultural de um território com 6 mil hectares classificado como Paisagem Protegida Regional é o desafio que a Associação de Municípios do Parque das Serras do Porto lança à população com o novo passaporte das Serras do Porto.

Apresentado esta quinta-feira, no anfiteatro natural da Senhora do Salto, em Aguiar de Sousa, o passaporte pretende ser “um instrumento de interatividade e partilha de informação, de atração de visitantes e divulgação do território”.

“O passaporte das Serras do Porto tenciona ser um convite a uma visita mais esclarecida e mais rica aos mais diversos pontos de interesse do parque”, destacou o presidente da Associação de Municípios do Parque das Serras do Porto e presidente da câmara de Paredes, Alexandre Almeida.

Os passaportes estão disponíveis em 12 locais que as pessoas são convidadas a visitar e também nas lojas interativas de turismo de Paredes, Gondomar e Valongo, onde o utilizar poderá também levantar uma oferta quando tiver completado todos os registos.

“Por vezes os políticos são acusados de começarem alguns projetos pelo telhado. Mas este projeto da Associação Intermunicipal do Parque das Serras do Porto é um exemplo do contrário disso mesmo”, frisou Alexandre Almeida, lembrando que depois de um período de estudos para aprofundar o conhecimento do território “o projeto entra agora numa fase decisiva de qualificação do parque”, procedendo “ao controlo de espécies invasoras, à sua substituição gradual por árvores autóctones e à manutenção de espaços que já foram reflorestados”.

O grande desafio para 2020 será a qualificação do parque com uma rede de percursos pedestres com cerca de 260 quilómetros, distribuídos por uma grande rota com cerca de 60 km que abrange os três municípios e mais 19 pequenas rotas com percursos entre 3 a 30 km em torno de vários pontos de interesse já identificados ao longo do território.

Em estudo estão também outros investimentos em passadiços, parques de estacionamento, parques de campismo, miradouros, etc., garantiu o autarca.

O presidente da câmara de Gondomar destacou a importância do salto que está a ser dado no sentido de “tornar este projeto na maior referência em termos de natureza no Grande Porto” e pediu ao presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal que divulgue o Parque das Serras do Porto “como um projeto da região” que “vai acrescentar muito àquilo que é o turismo no país”.

Para o autarca de Valongo “este passaporte é uma ferramenta inteligente de ativação do território, que convida as pessoas a conhecerem e a apropriarem-se do território físico e imaterial e a tornarem-se seus aliados”. José Manuel Ribeiro considerou ainda que a inauguração da sede do Parque das Serras do Porto foi “um salto qualitativo no projeto” e garantiu que dentro de muito pouco tempo mais passos importantes serão dados.

“É com projetos como este que podemos trazer turistas a outros locais da região”

Também presente na cerimónia, o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal deixou vários elogios ao projeto e aos municípios de Paredes, Valongo e Gondomar que se uniram para criar “um produto turístico transversal ao território”.

“Não é fácil na região ter três municípios a trabalhar para o mesmo lado. E sempre que aparece um exemplo daquilo que deve ser feito só devemos elogiar”, disse Luís Pedro Martins, destacando o esforço feito na criação de uma “marca forte” para este território, que “consegue levar a quem está longe a importância e atração da marca Porto”.

Falando do “momento fantástico” que o sector do turismo vive, Luís Pedro Martins disse que a região tem motivos para sorrir, com o “crescimento brutal” de visitantes (em 2019 foram registados 6 milhões de hospedes) e os proveitos na ordem dos 14%, mas também tem desafios pela frente, nomeadamente para redistribuir melhor os turistas.

 “Não posso ficar satisfeito quando sei que desses 6 milhões de hospedes 70% não passa dos concelhos do Porto, Gaia e Matosinhos. Precisamos de projetos como este para trazer os turistas a outros locais da região”, defendeu, anunciando que o projeto das Serras do Porto foi esta semana contemplado com uma verba superior a 50 mil de euros para continuar a promover o território.