• Setembro 9, 2023

PSD não “vê com bons olhos a criação desta ULS”

PSD não “vê com bons olhos a criação desta ULS”

Segundo Alexandre Almeida, a autarquia irá realizar obras nos centros de saúde.

Na última reunião de câmara, realizada no dia 28 de agosto, o PSD Paredes expressou preocupação quanto à implementação da Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa.

Refira-se que a partir de 2024 vão ser criadas 31 novas unidades locais de saúde no país, que se juntam às oito já existentes. Uma das que vai surgir é a do Tâmega e Sousa, num modelo de organização que integra o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa com os ACES do Tâmega I – Baixo Tâmega, com exceção do Centro de Saúde de Celorico de Basto, do Tâmega II – Vale do Sousa Norte e do Tâmega III – Vale do Sousa Sul. Ou seja, cada ULS vai gerir os hospitais e centros de saúde da zona.

“O PSD quer saber qual é a sua posição sobre o que está a ser formatado relativamente a esta unidade, se a vê com bons olhos e se concorda que seja feita desta maneira ou não”, afirmou Ricardo Sousa, vereador eleito pelo PSD, dirigindo-se ao presidente da autarquia. “Esta matéria é fundamental para os paredenses. No nosso entender, não dará resposta condignamente, atendendo aos estudos existentes, que não são muitos sobre o funcionamento destas unidades locais. Ainda por cima, se o Hospital Padre Américo foi construído para cerca de 200 mil utentes e hoje tem que dar resposta a mais de 500 mil”, acrescentou, dizendo que “o PSD não vê com bons olhos a criação desta ULS nestes moldes e desta forma”.

Na opinião do social-democrata, o Estado não tem dado resposta às necessidades dos utentes, sem esquecer que está a ser construído um hospital privado em frente ao Hospital Padre Américo.

Por seu turno, o presidente da câmara, Alexandre Almeida, lembrou que as ULS são uma forma de organização entre o CHTS e as unidades de saúde familiares.

“Se se está a tentar constituir uma nova forma de organização que possa interligar ainda mais as unidades de saúde com os hospitais, não vejo nenhuma razão para que não se avance com essa experiência. Na certeza, porém, que o hospital só funcionará melhor quando for aumentada a sua capacidade. Estamos a falar de um hospital que está subdimensionado face à população que serve”, afirmou.

Quanto às unidades de saúde familiar existentes no concelho, a autarquia irá avançar com obras de melhoramento em todas as unidades, sendo que serão submetidas as candidaturas até ao final do mês de setembro.