• Maio 26, 2021

PSD acusa câmara de Paredes de executar dívidas de famílias e empresas em plena pandemia

PSD acusa câmara de Paredes de executar dívidas de famílias e empresas em plena pandemia

O presidente da Comissão Política Concelhia do PSD e candidato à camara de Paredes, Ricardo Sousa, garantiu hoje que a autarquia mandou executar “coercivamente” dívidas de centenas de famílias e empresas do concelho apesar das circunstâncias da pandemia.

Segundo Ricardo Sousa, em causa estarão alegados incumprimentos no pagamento de taxas de resíduos sólidos urbanos, refeições nos agrupamentos de escolas, mensalidades e prolongamentos em creches e infantários.

“É um escândalo. Sinto-me mal neste concelho. Ao contrário de outros concelhos que vão ajudando as pessoas e as famílias, Alexandre Almeida quer continuar a retirar dinheiro às famílias de Paredes, independentemente das condições em que possam viver neste momento”, destacou o candidato, numa conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, na sede do partido, em Paredes.

“Está a executar largas centenas de famílias e empresas do concelho por causa das taxas de resíduos sólidos urbanos, das refeições nos agrupamentos escolares e dos prolongamentos nas creches e infantários quando elas mais precisam de ajuda. Devia ter dado início ao fundo de emergência municipal, como fizeram muitos outros municípios, mas está a tentar assacar mais dinheiro, em saber se podem efetivamente pagar ou não. É vergonhoso”, criticou.

O social-democrata disse ainda que chegaram ao partido várias queixas de famílias e empresas que têm vindo a ser notificadas dos pedidos de cobrança e que o PSD teve oportunidade de consultar esses documentos.

“Estas famílias estão a receber das Finanças os avisos de pagamento das execuções colocadas pela câmara municipal de Paredes. Neste momento há até ao mês de novembro de 2020 execuções em cobrança. E nas TRSU até ao terceiro trimestre de 2020”, atestou Ricardo Sousa, defendendo que deviam ter sido criados mecanismos para proteger as pessoas com maiores dificuldades.

“Não é isto que se espera de um município que se preocupa com os munícipes e as empresas do concelho. Há uma pobreza encapotada no país e Paredes não é exceção de quem vivia bem e neste momento não vive. Essas pessoas têm vergonha de se expor e em vez de receberem ajudas são expostas desta forma. Acha digno uma câmara municipal executar uma família por uma dívida de 1,30 euros de uma refeição?” reiterou aos jornalistas.