• Outubro 9, 2025

Paredes cresce em população e habitação

Paredes cresce em população e habitação

Retrato estatístico da Pordata revela tendências locais. O concelho ganhou 1.588 habitantes em três anos o que potenciou o dinamismo no setor da habitação.

 

Texto | António Orlando

 

Entre 2021 e 2024, o concelho de Paredes registou um crescimento populacional sustentado, passando de 84.972 para 86.560 habitantes, o que representa um acréscimo de 1.588 residentes em apenas três anos, de acordo com os dados divulgados pelo novo retrato estatístico da Pordata na véspera das eleições autárquicas.  Este aumento, embora abaixo da média nacional de 3,2%, deve-se sobretudo a um saldo migratório positivo, refletindo a atratividade crescente do município.

No setor da habitação, Paredes também mostrou dinamismo: foram construídos 310 novos fogos entre 2021 e 2024, além das 429 casas edificadas apenas em 2021, sinalizando uma resposta ao aumento da procura residencial.

Contudo, nem todos os indicadores são positivos. Paredes destaca-se negativamente como o município do continente com maior média anual de incêndios na última década — 319,6 ocorrências por ano. Em três desses anos, mais de 5% da área concelhia foi consumida pelas chamas, revelando uma vulnerabilidade ambiental que exige atenção, tal como já admitiu Alexandre Almeida na anterior edição de O PAREDENSE.

Panorama distrital: Porto lidera crescimento

No contexto do distrito do Porto, 15 dos 17 concelhos registaram crescimento populacional. O destaque vai para o município do Porto, que viu a sua população aumentar 7%, bem acima da média nacional, com 16.684 novos residentes e um total de 252.687 habitantes em 2024. Este crescimento foi impulsionado por um saldo migratório de quase 20 mil pessoas, apesar de um saldo natural negativo (mais mortes do que nascimentos).

Outros concelhos vizinhos também cresceram acima da média nacional:

  • Maia e Póvoa de Varzim: +5,1%
  • Valongo: +5%
  • Vila do Conde: +4,6%
  • Matosinhos: +3,7%
  • Trofa: +3,3%

Por outro lado, Baião, Felgueiras e Marco de Canaveses foram os únicos concelhos do distrito a perder população.

O Porto consolidou-se como o segundo município mais denso do país, apenas atrás da Amadora, e registou uma ligeira diminuição no índice de envelhecimento, sinalizando uma renovação demográfica.