• Abril 21, 2022

Paços de Ferreira deve pagar ligação a emissário enquanto ETAR de Arreigada não funcionar a 100%, diz presidente da câmara de Paredes

Paços de Ferreira deve pagar ligação a emissário enquanto ETAR de Arreigada não funcionar a 100%, diz presidente da câmara de Paredes

As descargas poluentes no Rio Ferreira, que afetam sobretudo a população da freguesia de Lordelo, deviam ter terminado com a construção da nova ETAR de Arreigada, em Paços de Ferreira, mas o equipamento ainda não está a funcionar a 100%.

Na última reunião do executivo o presidente da câmara de Paredes defendeu que deve avançar-se com uma solução enquanto a ETAR não estiver a funcionar em pleno. O tema foi trazido para discussão pelo PSD, que frisou que “a ETAR de Arreigada prejudica muito o município de Paredes devido às descargas no Rio Ferreira”.

“Tem dito que se vai fazer uma conduta até Campo. Pergunto que passos concretos têm sido dados. Não faz sentido passar mais um verão com descargas no rio, que afetam muito as cidades de Lordelo e Rebordosa. Vamos ter o problema resolvido no verão para que as pessoas possam usufruir do no verão para que as pessoas possam usufruir do Rio Ferreira e dos parques adjacentes?”, questionou Ricardo Sousa.

Em resposta, Alexandre Almeida garantiu que “já está identificado um emissário da SIMDOURO onde pode ser feita uma ligação, junto à ponte de Viveiro, perto da Torre dos Alcoforados”. “É isso que está a ser estudado enquanto a ETAR não estiver a funcionar em pleno. E não há razões para que não esteja a funcionar em pleno. Estão a ser equacionadas alterações ao projeto, que não é da nossa responsabilidade”, sublinhou.

Em declarações aos jornalistas no final da reunião, o autarca adiantou que nas reuniões realizadas com a câmara de Paços de Ferreira “chegou-se à conclusão que vão ter de ser feitas algumas adaptações para o investimento funcionar em pleno”. Até lá, Alexandre Almeida defende que se deve avançar para a solução do emissário e avisa que não pode ser Paredes a pagar a fatura a pagar à SIMDOURO.

“Não pode ser Paredes a pagar quando estamos a falar das águas residuais de Paços de Ferreira. Se a ETAR não ficar a funcionar tem de ser dado esse tratamento e não podemos ser nós a pagar”.

O Município tem uma candidatura aprovada de 1,8 milhões de euros do Fundo Ambiental para limpar as margens do rio Ferreira, desde Arreigada até ao limite do concelho de Paredes com Valongo, criar trilhos e zonas de lazer, e por isso não pode continuar a ter um rio poluído. “O próprio Fundo Ambiental tem de nos ajudar a resolver esta situação que não faz sentido nenhum”.