- Dezembro 3, 2019
Nun’Álvares afastado da Taça AF Porto
Texto escrito por Cristina Borges.
O Nun’Álvares deslocou-se a Lousada para defrontar o Lustosa da 1ª Divisão Distrital da AF Porto. Apesar de defrontar uma equipa da divisão abaixo, a turma do concelho de Paredes estava precavida para o piso pelado que teria de enfrentar. O terreno pareceu ser um dos obstáculos a ultrapassar, já que a formação de Recarei não conseguiu encontrar-se durante o primeiro tempo. Os homens comandados por Eduardo Moreira mostraram dificuldades em adaptar-se ao piso e em praticar o futebol a que estão habituados.
Por outro lado, os da casa não se mostraram amedrontados com a superioridade classificativa do adversário e foram tentando chegar à baliza defendida por Hélder, ainda que com pouco perigo.
A primeira parte terminou sem grandes oportunidades de destaque e com um equilíbrio entre ambas as equipas.
No segundo tempo, Eduardo Moreira mostrou que “a eliminatória era para passar” e fez algumas mexidas na equipa.
A aposta não intimidou os lustosenses que podiam ter chegado à vantagem, mas Gonçalo falhou “o chapéu”. Logo a seguir, foi o remate de Nuno a “avisar” os visitantes.
Mas, já com Apolónio em campo, o Nun’Álvares protagonizou uma das melhores oportunidades da tarde. O avançado isolou-se, mas em frente a Mica desperdiçou e permitiu ao guardião da casa impedir o golo.
Falhou à primeira, não desperdiçou à segunda. Aos 38 minutos, Apolónio de cabeça inaugurou o marcador. Mas a vantagem durou pouco, Paiva acertou com a mão na bola dentro da área e o árbitro assinalou grande penalidade. Na conversão, Nuno empatou a partida.
A eliminatória só viria a decidir-se nos penáltis, com Mica a ser o “herói” da tarde. O guarda-redes do Lustosa defendeu os remates de Rafa e Almeida e viu os colegas atirarem certeiros nas respetivas oportunidades. Nuno marcou a quarta penalidade e deu a vitória aos da casa.
O Lustosa, da 1ª Divisão Distrital derrubou o Nun’Álvares, 1º classificado da Divisão de Honra, e segue em frente na taça.
No final do encontro, Ilídio Neto mostrava-se satisfeito com o desempenho dos seus atletas e com a passagem à fase seguinte, que considera justa: “Sabíamos que tínhamos de trabalhar muito e sermos sérios para passar este adversário. Tinha dito aos meus atletas que, em nossa casa, a probabilidade era de 50% para cada lado. Disse que não éramos melhores nem piores do que o adversário, se trabalhássemos como tínhamos vindo a fazer até aqui. A equipa acreditou e bateu-se muito bem e, por isso, acaba por ser uma vitória justa da nossa parte”.
O técnico lustosense acrescentou ainda: “O fator casa fortaleceu-nos ainda mais. É óbvio que o nosso objetivo é o campeonato, gostávamos de ir o mais longe possível na taça, mas sabemos que ainda não ganhámos nada e já estamos a pensar no próximo jogo frente ao Aveleda. Isto é um prémio mais do que merecido para os jogadores. Fomos felizes porque eles trabalharam para isto. Tenho um orgulho enorme neles e eles sabem disso”.
Do outro lado, Eduardo Moreira falou em “falta de concretização”: “Sabíamos das adversidades que íamos encontrar, pelo facto de o campo ser pelado e de ser uma equipa de um escalão abaixo e, principalmente, pela motivação que eles iriam ter em jogar contra nós (os primeiros classificados). Penso que, no cômputo geral, acabámos por ser melhores embora não tenhamos dominado sempre o jogo e não concretizámos as oportunidades que criámos”.
Quanto à falta de adaptação ao piso, o técnico recaredense assegurou: “Não é desculpa, mas sim acabou por condicionar a nossa forma de jogar. No entanto, já sabíamos que era este o terreno que íamos encontrar”.
Sobre as mexidas, Eduardo Moreira garante: “A prova foi valorizada. Jogou quem tinha que jogar pela forma como tem trabalhado. Para nós era importante continuar e o objetivo era passar. Ainda assim, a prioridade sempre foi o campeonato e este resultado pode-nos causar alguma moça, porque é sempre mais fácil trabalhar em cima de vitórias”.