- Outubro 20, 2023
Domingos Barros quer fazer das Laranjeiras uma fortaleza do Paredes

Unionistas têm, assim, novo timoneiro, após a saída de Eurico Couto.
Domingos Barros é o novo treinador do Paredes, atual 12.º classificado da série B do Campeonato de Portugal.
Refira-se que, depois de ter orientado o Leça durante cinco épocas, o técnico, de 41 anos, esteve ao comando do Gondomar nas duas últimas temporadas.
Após ter sido anunciado pelo emblema paredense na última segunda-feira, em declarações a O Paredense, o treinador destacou já conhecer o clube, enquanto adversário, por isso, nesta fase a equipa técnica está a conhecer os cantos da casa, bem como a realidade do dia-a-dia do clube.
“Conhecíamos o clube e aquilo que víamos de fora, dentro é que temos mais essa certeza, pessoas sérias e organizadas, que têm a ambição de voltar a ter sucesso”, assegurou, dizendo ter conhecimento do passado recente do emblema, com o mister Eurico, o presidente e a estrutura.
Nesse sentido, frisou, “o que vamos fazer é tentar continuar o bom trabalho que foi feito, pois muita coisa foi bem feita e nota-se bem no clube a diferença de há uns anos para agora”.
Na opinião do novo treinador, o que tem faltado à equipa é “um pouco de sorte”, sendo o ingrediente que pretende trazer, bem como adicionar o seu “cunho pessoal”, aproveitando tudo o que de bom foi feito pelo treinador Eurico Couto. “A equipa técnica anterior tinha competência, que os anos anteriores a provaram, e os jogadores têm muita qualidade”, afirmou.
Em relação ao jogo do próximo sábado, da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, marcado para as 14h00, Domingos Barros lembrou tratar-se de uma equipa que está três divisões acima.
Assim, “é óbvio que, teoricamente, o Paredes não tem nada a provar neste jogo, nem muito a perder, tudo o que vier é lucro”, afirmou, acrescentando: “O que temos a perder é se nos perdermos como equipa, em termos de competitividade”.
Nesse sentido, “vamos encarar este jogo com a ambição e o pequeno sonho de fazermos uma surpresa, porque elas existem e se nos derem uma chance nós vamos fazer”, garantiu. “Sabemos que vamos ter que correr, pois vamos jogar com uma equipa com uma qualidade superior à nossa, mas vamos ter que ter bola e conseguir contrariar aquilo que o Moreirense vai fazer, e a nossa chance vai chegar”, disse ainda.
Concluindo, “o mais importante é ganhar como equipa, independentemente do resultado, porque é um jogo que tem grande pressão para nós”, assegurou.
Questionado quanto à sua forma de trabalhar, explicou ser um treinador que, apesar da parte tática, dá um pouco de liberdade aos seus jogadores, “principalmente no último terço do terreno”.
Sobre os processos de jogo, disse que o Paredes vai ser uma equipa que vai querer ter sempre a bola, mesmo sabendo que não a vai poder ter sempre, tendo consciência de que vai haver adversários que vão estar melhor, mesmo não sendo o jogo todo. “E também vamos ter que saber jogar sem bola, que também é importantíssimo”, defendeu.
Revelando ser alguém que sempre procura a ferramenta mais próxima de tentar ganhar, o treinador dos paredenses evidenciou o facto de o seu plantel ser “bem composto”.
“Entramos a meio, não foi feito connosco, contudo, vejo que quem compôs este plantel sabia perfeitamente das necessidades do Campeonato de Portugal. Temos uma coisa ou outra que precisamos de preencher mas isso já estava definido e identificado pelo clube”, informou.
Agora, disse, “é trabalhar e tentar desfrutar do jogo da taça, no sábado, mas sempre com a competitividade em mente”. “Depois, tentar sair do lugar em que estamos e se possível, noutra altura da época, redefinir objetivos”, perspetivou, deixando uma palavra de agradecimento ao clube pelo convite à sua equipa técnica. “É um prazer representar o Paredes. Não estávamos a trabalhar há mais tempo porque ainda não nos tinha aparecido um projeto ambicioso desta forma, por isso quando surgiu o Paredes nem hesitamos em aceitar”, garantiu.
“Já fui adversário do Paredes muitas vezes, sei que tem uma massa humana muito grande, uma claque que apoia o clube dentro e fora de portas. Temos que fazer das Laranjeiras a nossa fortaleza e a mensagem que posso passar é que podem contar com um Domingos Barros totalmente focado no clube”, advogou, deixando claro que a sua equipa técnica será mais um adepto dos unionistas.
“[Os adeptos] espero que nos ajudem em tudo, a crítica tem que existir sempre, sabemos como é o futebol e sobretudo nesta fase queremos que nos apoiem, que ajudem porque nós vamos fazer de tudo para defender o Paredes”, assegurou.