- Junho 29, 2023
Cátia Ferreira vive em França há uma década
A paredense faz questão de ensinar português aos filhos.
Mais uma paredense, mais uma história, mais um relato de emigração… Nesta edição, falamos com Cátia Ferreira, uma sobrosense de 34 anos de idade, que vive em França, com o marido e os três filhos.
Após contrair matrimónio, saiu do concelho paredense e foi viver para próximo, no vizinho município lousadense, mais propriamente, em Nevogilde, local onde residiu durante um ano.
Mas, as circunstâncias fizeram com que o cônjuge tivesse de emigrar, em abril de 2013. “Vim para a França em outubro desse ano, para estar perto do meu marido, que sem trabalho se viu obrigado a sair do nosso país”, contou, dizendo que, desde então, têm vivido em Corbeil-Essonnes, no 91, a 30 km de Paris.
“Considero-me 100% adaptada ao país e a língua”, afirmou. Talvez tenha ajudado o facto de ter recebido apoio à chegada a terras francesas. “Quando cá cheguei, tive a oportunidade de integrar um centro de formação para jovens vindos de outros países, para aprender a língua e sermos orientados para o mercado de trabalho, tendo ainda dado seguimento a dois estágios obrigatórios”, explicou.
Começou por ser “auxiliar de vida”, tratando, maioritariamente, de pessoas com deficiência e de idade ao domicílio. “No início não foi fácil, mas a língua nunca foi um entrave”, defendeu. Aliás, desde sempre trabalhou com franceses, “e isso ajudou imenso”.
Atualmente, trabalha num infantário, onde “dá acompanhamento a crianças com deficiências e com espectros, como o Autismo”.
Cátia Ferreira e o marido, Diogo Ribeiro, costumam dizer: “A França deu-nos tudo o que temos, a começar pelos nossos filhos”, sendo que tiveram um “longo percurso em PMA (Procriação Medicamente Assistida), depois de problemas de saúde graves”.
Por isso, “esse foi, sem dúvida, o pior momento que passamos aqui, principalmente pelo facto de não termos cá ninguém”, partilhou.
Hoje têm três filhos, o Gonçalo, de 7 anos, a Vitória, de 3 anos e meio, e a Clara, de 4 meses. “E é toda a família que temos em França, para além, claro, da família que criámos, a quem chamamos de amigos”, frisou.
A reportagem completa na edição de 29 de junho de 2023