• Janeiro 25, 2024

Carlos Ribeiro está de regresso definitivo

Carlos Ribeiro está de regresso definitivo

O paredense pretende aproveitar a reforma junto das duas filhas.

O emigrante, de 65 anos de idade, Carlos Manuel Ribeiro, está a preparar o seu regresso definitivo ao país, mais propriamente para Mouriz, Paredes. Foi o cunhado que, em 2008, o “levou” para a Alemanha. “De Berlim, fui para Stuttgart, depois Luxemburgo, Bélgica e regressei. Depois, estive meio ano na Polónia e vim embora. Em 2013, fui novamente para Berlim, na Alemanha, onde estou fixado”, enumerou.

Normalmente, vem cá passar uma temporada em agosto e outra no Natal, ou seja, três semanas em cada ocasião, e foi no período festivo que o encontramos no café sede do USC Paredes, em pleno coração da cidade.

Entretanto, Carlos, regressou a terra alemãs no dia 8 de janeiro. “O pior é deixar novamente as minhas duas filhas”, disse, visivelmente emocionado. Mas, “tenho que resolver situações e assinar a documentação necessária para ter a reforma e regressar para a beira dos meus”, partilhou.

Se houve algo que ficou evidente ao longo da conversa foi a ansiedade do retorno para junto das filhas, algo que deixou bem vincado ao longo do seu discurso. “Não, não me vai custar deixar a Alemanha. Tenho a minha filhota que tem um restaurante, em Lisboa, e a minha outra filhota cá pelo concelho paredense”, por isso já decidiu: “De vez em quando, vou até lá a baixo um mesito ou dois, depois venho para a beira da minha outra filha e penso andar assim”.

Se alguma vez se arrependeu de ter emigrado? “Não, porque aqui o trabalho começou a faltar e tive que ir”, afirmou. “Lá ganhamos muito mais, mas não é a mesma coisa que há 30 anos, porque agora o dinheiro é igual e as coisas lá são caras, muito mesmo”, partilhou, ainda, revelando que “o emigrante de antigamente fez vida”, porque havia a questão do câmbio.

Agora, vai reformar-se, mas sempre trabalhou como carpinteiro de cofragem. Infelizmente, e devido a problemas de saúde, teve que parar. “Apareceu-me um cancro nos intestinos e tive que ser operado três vezes”, lamentou. “Recuperei bem, felizmente, não foi maligno, só que quando regressei ao trabalho tive um pequeno acidente que me colocou de baixa”, complementou.

A reportagem completa na edição de 25 de janeiro de 2024