• Outubro 31, 2019

Câmara de Paredes aprova orçamento de 61 milhões de euros

Câmara de Paredes aprova orçamento de 61 milhões de euros

Foi aprovado, em reunião do executivo, esta quinta-feira, o orçamento para 2020 da câmara municipal de Paredes, com os votos contra do PSD.

O Orçamento para 2020, com um valor global de 61 milhões de euros, menos quatro milhões do que o do ano em curso, “marcará um ano de grande investimento que o executivo se propõe fazer com enorme sentido de responsabilidade”, começou por dizer o presidente da câmara de Paredes na discussão dos documentos.

Depois de dois anos dedicados à reorganização interna e ao equilíbrio das contas, Alexandre Almeida garantiu que “2020 será o ano para pôr  as grandes obras no terreno”, que continuam a ser “fortemente condicionadas pelas políticas seguidas pelo anterior executivo”, sobretudo no ano de 2017, em que foram celebrados contratos de empreitadas, protocolos e contratos promessa de compra e venda que ainda hoje implicam mais de 11 milhões de euros de compromissos.

Apesar dos constrangimentos, Alexandre Almeida garantiu que 2020 será um ano de investimento, “sem descurar a contenção da despesa corrente e uma gestão forte e equilibrada, assente na diminuição da carga fiscal sobre as famílias e o reforço dos apoios sociais, na retoma do investimento em todas as freguesias do concelho e no apoio às empresas, apostando na captação de investimentos e na criação de novos postos de trabalho”.

No próximo ano serão lançadas “obras importantes para o concelho”, como a requalificação das EB 2/3 de Lordelo e de Rebordosa, a conversão do pavilhão gimnodesportivo num fórum cultural multiusos, a reformulação do estádio das Laranjeiras, a construção da piscina ao ar livre e do bar de apoio no parque da cidade, a aquisição das instalações da Adega Cooperativa de Paredes para no futuro fazer um auditório e a execução de passeios em todas as freguesias do concelho.

O Orçamento para 2020 prevê ainda a descida da taxa de IMI para 0,33 %, “a mais baixa taxa de IMI de sempre no concelho de Paredes”, frisou o autarca, garantindo que essa diminuição da receita tem vindo a ser compensada com a diminuição da despesa corrente.

“O Orçamento para 2019 apresentava o menor valor da despesa corrente desde o ano de 2010. Pretendemos manter esta política de contenção. Assumimos um ligeiro aumento, na ordem de apenas cerca de 2%, única e simplesmente por força do aumento das despesas com pessoal”, devido à aposta na realização de obras com recurso a meios próprios do município, que possibilitam uma “poupança acrescida”.

Em 2020 o executivo vai também aumentar em 20% os apoios às corporações de bombeiros e delegações da cruz vermelha e as transferências de verbas para as juntas de freguesias.

  “Não compreendemos porque não baixa o IMI para a taxa mínima”

Logo no período antes da ordem do dia, a bancada do PSD dirigiu ao presidente algumas questões sobre os documentos provisionais: porque é que o IMI ainda não baixa para a taxa mínima, como prometeu o presidente na campanha; quais as obras previstas para o próximo ano e se vai renegociar alguns dos contratos assumidos pelo anterior executivo.

Manuel Fernando Rocha questionou ainda o presidente sobre qual o investimento previsto para o início das obras de saneamento em Recarei e Sobreira no próximo ano e se o investimento será alargado a outras freguesias do sul do concelho, como Gandra e Parada.

Alexandre Almeida disse que está previsto um investimento de 500 mil euros para cada uma das freguesias e que o objetivo é alargar às outras freguesias de forma gradual. Na questão dos investimentos, o autarca lembrou que além dos grandes projetos já anunciados pelo executivo vão ser concretizadas outras obras nas 18 freguesias do concelho.

Sobre o IMI, Alexandre Almeida garantiu que o orçamento para 2020 prevê a mais baixa taxa de IMI de sempre em Paredes. “Em 2018 não podíamos mexer por causa do PAEL. A partir do momento em que resolvemos essa questão tivemos condições para mexer na taxa, baixando para 0,375% já em 2019. Para o ano vai para 0,33% e em 2021 vai para a taxa mínima, de 0,3%”, justificou o autarca.

Quanto aos contratos assumidos pelo anterior executivo, Alexandre Almeida assumiu que alguns poderão mesmo vir a ser renegociados pelo atual executivo.

O Orçamento para 2020 foi aprovado com os votos do PS. Os quatro vereadores do PSD votaram contra e criticaram a opção do executivo em relação à taxa de IMI. “Não se compreende que depois de baixar o passivo em 14 milhões de euros de 2018 para 2019 não se baixe o IMI para a taxa mínima”, disse o vereador Manuel Fernando Rocha, na declaração de voto do partido.