CULTURA.A Bienal do Capão “é mais do que uma feira à moda antiga, é a alma e a história viva desta terra”. É a celebração de um passado com mais de 300 anos, uma homenagem a um dos ícones mais preciosos de Freamunde – o capão.
É já esta sexta, sábado e domingo que se realiza a 3ª edição da Bienal do Capão de Freamunde, uma iniciativa promovida pela Associação Bienal do Capão de Freamunde que pretende fazer uma viagem cronológica pela História do Capão e da Cidade de Freamunde, recriando tradições e costumes.
A Cultura continua a ser uma das apostas fortes da Bienal – o programa inclui música, dança, teatro, animação de rua, pintura e escultura, a par de demonstração de ofícios, feira de animais, concentração de vespas e carros antigos, entre outras actividades.
“Na Bienal, não se revive apenas tradições e costumes, sente-se o pulsar da história de Freamunde, revive-se memórias que fazem os freamundenses ser quem são. Cada momento é uma viagem no tempo e no orgulho que sentem por tudo o que os trouxe até aqui, unidos pela força do associativismo”, explica fonte da organização.
Os visitantes vão poder degustar o sabor tradicional do capão de Freamunde, ao longo dos 3 dias da Bienal, entre 13 e 15 de Setembro, no centro urbano de Freamunde.
18:30 – Abertura do mercado bienal de Freamunde, do carrossel e dos jogos tradicionais
19:30 – Bailias do Tempo/ danças tradicionais(palco 1) 20:00 – Malatitsch/ artes circenses (palco 1) 20:30 – Banda Juvenil (palco 1) e FaryFarinha/ artes circenses (palco 2) 21:20 – Quadras Populares sobre o Capão (palco 1) 21:30 – Castanholas de Freamunde – Pedaços de Nós (palco 1) 22:30 – Charneca/ comédia (palco 2) 23:00 – Demonstração de Tiro (acampamento militar) 23:30 – Música com Ofício Gaiteiro (palco 1) e Lendas e Balelas/ comédia (palco 2) 00:00 – Música com Pardeus (palco 2)
15:00 – Abertura do carrossel e dos jogos tradicionais 15:30 – Grupo de Bombos Amigos da Merenda (itinerante) 16:00 – Banda Musical (itinerante) 16:30 – Música com Ofício Gaiteiro (palco 1) 17:00 – Malatitsch/ artes circenses (palco 1) 17:30 – Música com Pardeus (palco 2) 18:00 – FaryFarinha/ artes circenses (palco 2) 19:00 – Lendas e Balelas/ comédia (palco 1) 19:30 – Danças de roda com Bailias do Tempo (palco 2) 20:00 – Música com Ofício Gaiteiro (palco 1) 20:30 – Alcoviteiras/ teatro de rua (itinerante) e Fazenda dos animais (itinerante) 21:00 – Charneca/ comédia (palco 2) 21:30 – Espetáculo “Provisão d’ El-Rei D. João V” (palco 1) 21:50 – Quadras Populares (palco 1) 22:00 – Galandum Galundaina (palco 1) 00:00 – Espetáculo de Fogo – A Chama do Capão
14:30 – Abertura do carrossel e dos jogos tradicionais 15:00 – Grupo de Bombos Amigos da Merenda (itinerante) 15:30 – Danças de roda com Bailias do Tempo (palco 1) 16:00 – Música com Ofício Gaiteiro (palco 2) e Ronda militar (itinerante) 16:30 – Tuna Musical de Freamunde (palco 1) 17:30 – FaryFarinha/ artes circenses (palco 2) 18:00 – Fazenda dos animais (itinerante) 19:00 – Charneca/ comédia (palco 2) 20:00 – Malatitsch/ artes circenses (palco 1) 20:30 – Quadras Populares (palco 1) 21:00 – Sérgio Mirra (palco 1)
Capão de Freamunde
Ex-libris da Freguesia de Freamunde, Concelho de Paços de Ferreira, é um frango proveniente de estirpes de crescimento lento, do tipo Atlântico da raça Gallus Domesticus, castrado antes de atingir a maturidade sexual e que se destina exclusivamente à produção de carne. O acto de capar remonta ao tempo dos Romanos. Consta-se que o Cônsul Romano Caio Cânio, cansado da perda do sono por causa do cantar dos galos, conseguiu fazer aprovar uma lei impeditiva da existência destas aves na cidade de Roma. Sem contrariar a lei, houve logo quem se lembrasse de uma forma de continuar a usufruir da carne dos galos, capando-os. Terá deste modo surgido uma nova “espécie”, o capão, que ultrapassa em beleza, tamanho e sabor, o galo macho. Com a romanização de todo o território do Noroeste Peninsular e com a criação dos pequenos aglomerados populacionais sobre a jurisdição Romana, a tradição de criação do capão foi passando de geração em geração, tendo sido instituída oficialmente, em 1719, por uma provisão d’El-Rei D. João V. A textura, suculência e sabor, dão à carne do Capão de Freamunde uma qualidade ímpar, cuja fama se prolongou ao longo de gerações.