- Dezembro 31, 2023
Associação Movimento Solidário distribui cabazes a várias famílias
Instituição procura local para poder desenvolver atividades e promover projetos, nomeadamente um espaço de acolhimento e apoio à vítima.
A Associação Movimento Solidário para Além Paredes, sediada em Bitarães, surgiu há cerca de 3 anos, quando um grupo de pessoas que fazia voluntariado, impedido de se deslocar ao Porto devido à pandemia, decidiu fazer algo pelas famílias carenciadas da região do Vale do Sousa.
Raquel Santos, presidente da direção, explicou que os voluntários estariam longe de imaginar que criar esta associação iria tomar estas proporções. “Este mês foram entregues 28 cabazes, mais oito só com prendas, bolo-rei e cacete de rabanadas”, enumerou, dizendo que a maior parte das famílias em causa têm em média 3 a 4 crianças e as mais pequenas têm uma criança. Também são apoiadas as famílias unipessoais e casos em que é só o casal.
Na primeira sexta-feira de cada mês é feita a entrega aos agregados, que são não só de Paredes, como também de Penafiel, Valongo, Ermesinde, Paços de Ferreira, Lousada, Louredo e Beire.
“Se a família já estiver a receber ou da câmara ou de outra entidade, o critério que temos é de não entregarmos, porque não temos ajudas de entidades públicas, mas, sim, de particulares, famílias, amigos, conhecidos e empresas que colaboram com a instituição”, explicou, informando que o Movimento Solidário para Além Paredes dispõe de vários tipos de voluntários. “Os que ajudam na preparação e distribuição, outros que contribuem com coisas e muitos de Matosinhos e Leça que ajudam monetariamente”, acrescentou.
Ou seja, voluntários presentes são entre 50 a 60, contabilizou, dizendo que é possível ser-se associado da instituição, sendo o valor da quota anual 12 euros.
“Quem quiser ajudar, pode entrar em contacto connosco pelas redes sociais ou através do 913 806 781”, disse, deixando um convite. “Queria desafiar cada um de vocês a juntar-se a nós, na primeira sexta-feira de cada mês para a preparação e distribuição dos cabazes, para a organização e arrumação de roupas, calçado e brinquedos, contribuindo com alimentos ou monetariamente”, sustentou, argumentando que experienciarem algo do género irá fazer toda a diferença, já que “vão ficar a gostar e não vão querer desistir”.
A responsável manifestou, ainda, a necessidade da associação em dispor de um espaço que lhe permita desenvolver atividades e promover projetos. “Queríamos apelar, se alguém dispor de um espaço, não precisa de ser muito grande, porque temos outros objetivos, não é só a distribuição dos alimentos”, informou.
“Queremos criar um espaço de acolhimento e apoio à vítima, fazer atividades com crianças no verão, principalmente com as famílias que ajudamos e outras que poderiam ser sinalizadas, e constituir uma loja social”, partilhou, destacando que já houve um contacto com o município no sentido de ser encontrado um local.
Refira-se que a associação também já organizou um sarau, uma caminhada e na noite branca de Bitarães teve uma barraca com crepes, tendo todo o valor revertido para a compra dos alimentos.
Na entrega dos cabazes de Natal, no dia 20 de dezembro, a instituição contou com o apoio de elementos do grupo de jovens da catequese da Madalena, que, como padrinhos, contribuíram com prendas, alimentos e na ajuda da distribuição.