- Outubro 20, 2023
Associação Genoa foi criada há cerca de um ano
A peça de estreia “Refleto” vai continuar a subir aos palcos.
Há cerca de dois anos, a paredense Salomé Rodrigues, encenadora e dramaturga, venceu um concurso do Ministério da Cultura e através do projeto Genoa, associado ao CêTeatro, bem como a outras associações paredenses, foi apresentada uma peça que retratava Fernão de Magalhães, num espetáculo que juntou quase 100 atores e bailarinos.
“Nessa altura, juntei uns amigos, alguns deles ligados às artes, para me ajudarem a fazer o projeto. Depois, como sempre quis ter uma equipa de teatro e trabalhar ligada à parte da encenação e dramaturgia para projetos de palco, falei-lhes de criarmos uma associação de teatro”, esclareceu a presidente da direção, Salomé Rodrigues, dizendo que acabaram por atribuir o nome do projeto à associação.
Nasceu, assim, a Associação Genoa, há cerca de um ano, após um trabalho de pesquisa e de campo dos seus intervenientes, que compõem os órgãos sociais, nomeadamente, Salomé Rodrigues, Bárbara Pinto, Nídia Ferreira, Pedro Figueiredo, Silvana Abreu Dias, Sofia Gomes, Bernardo Mouta, Cátia Rocha e Vítor Sousa.
Refira-se que, recentemente, o jovem grupo apresentou a sua peça de estreia, o “Refleto”, em duas sessões, no palco do auditório da Casa da Cultura de Paredes.
“Tivemos duas estreias com uma casa composta, principalmente a estreia em si. Os feedbacks foram bastante positivos, tanto a nível textual, como a nível de cena, como da própria estética do cenário, o que nos deu ainda mais força para nos continuarmos a projetar”, argumentou. Assim sendo, a peça vai continuar a ir para palco e será agora também apresentada noutros espaços.
Além disso, “continuamos a trabalhar no teatro, assim como em organização de eventos e vídeos publicitários”, esclareceu, falando depois da sede da associação, que está localizada em Recarei, no Outeiro.
“Não temos palco fixo, isto é, não temos um espaço físico de sala de espetáculos, então, sempre que queremos apresentar alguma coisa temos que recorrer a outros espaços”, lamentou, dizendo esperar um dia terem um espaço para poder ensaiar, com palco, espaço de apresentação e sala de ensaios. “E talvez abrir mais a parte de workshops, para que possamos envolver a comunidade connosco, bem como transmitir mais a parte da educação a nível do teatro e das artes”, acrescentou.
Sobre o projeto que serviu de base para a criação da associação, Salomé explicou que o Genoa “sempre foi o sonho de reunir todos os caminhos artísticos” que gosta, em “concomitância com o facto de gostar de partilhar ideias, de fazer pensar e falar de assuntos, e o teatro resume-se a isso”.
Numa parceria com o município, está a acontecer também até ao final do ano um concurso de talentos na área da música.
“A Genoa está aberta e deixo o convite para que a comunidade possa fazer parte, tanto a nível de associados, como de novas parcerias, seja em projetos conjuntos ou para trabalharem connosco ao nível de interpretação”, sustentou a paredense.
Segundo a responsável do grupo, “o que mais queremos é que o Genoa seja um local de partilha, de dentro para fora, de ideias e de pensamentos”. Sendo, dessa forma, depois possíveis “de projetar, pôr em palco, organizar e receber quem queira também vê-los e senti-los connosco”.