- Dezembro 14, 2023
Artigo de opinião: Devem as crianças acreditar no Pai Natal?
Por esta altura, reacende-se o debate: é bom para as crianças acreditarem no Pai Natal? Aquele velhinho barrigudo de fato vermelho e barbas brancas que costuma entregar presentes na noite de Natal já anda há semanas a alimentar o sonho de milhões de crianças. Diz-se que vem da Lapónia e que tem uma fábrica cheia de elfos a organizar a distribuição de prendas. Chega de trenó, puxado por renas voadoras. Desce pela chaminé, gosta de leite quentinho com bolachas e deixa
presentes a todos os meninos.
Assim se vai construindo o imaginário infantil, e não há problema algum em alimentar a fantasia.
É bom para as crianças. A história do Pai Natal estimula a fantasia, o mundo imaginário, faz parte da realidade infantil, do mundo das crianças. Alimentar o imaginário infantil com figuras especiais, como o Pai Natal, a Fada dos Dentes, Unicórnios, Fadas, Super-heróis, personificando algumas delas, é saudável para o desenvolvimento social, emocional e cognitivo, enquanto isso for fazendo sentido no crescimento.
Os pais podem facilitar o mundo da imaginação com os pequenos, oferecendo-lhes todas as possibilidades de sonhos e fantasias, fantasia esta que é necessária para o desenvolvimento saudável da criança, pois estimula a imaginação, a capacidade criadora, permite que ela simbolize e compreenda os acontecimentos da vida, acelera o desenvolvimento intelectual, além de ser uma fundamental ferramenta cognitiva.
Enquanto pai ou mãe não sinta receio porque não existem crianças traumatizadas com o momento da verdade, de descobrirem que todas essas personagens não existem, não se trata de uma mentira mas de um processo de fantasia saudável. Não há razões para os pais se preocuparem tanto tal descoberta.
Importa deixarmos as crianças serem livres nos seus pensamentos e mundos. A seu tempo, vão perceber a realidade que os rodeia.
Viva junto das suas crianças esta quadra Natalícia! Feliz Natal!
Marina Ferreira Silva,
Psicóloga Clínica e da Saúde