- Abril 3, 2020
Aprovado empréstimo de 2,4 milhões de euros para financiar obras que não têm acesso a fundos comunitários
A Assembleia Municipal de Paredes aprovou, no passado dia 27, um empréstimo de médio e longo prazo, no valor de 2,4 milhões de euros, para a câmara executar diversas obras no concelho. O financiamento foi aprovado com 27 votos a favor e 17 contra.
Na sessão extraordinária realizada, pela primeira vez, por videoconferência, o presidente da câmara explicou que este empréstimo vai permitir realizar várias obras que não têm acesso a fundos comunitários, sem comprometer a redução do nível de endividamento bancário da câmara municipal feito nos últimos dois anos.
“Não é um empréstimo para utilizar conforme queremos. Temos de formalizar o empréstimo dizendo exatamente onde vamos aplicar o dinheiro e temos de o utilizar até ao final do ano”, reforçou o autarca, enumerando as obras que vão ser financiadas com esta operação.
A câmara vai canalizar 360 mil euros para obras na Avenida Cândido Barbosa, junto ao parque urbano em Rebordosa. 600 mil euros serão investidos na construção da piscina descoberta em Paredes, ficando 50% da obra paga com este empréstimo. 135 mil euros vão ser canalizados para a criação do centro de trail e running e btt, no Pavilhão da Sernada, que vai dar apoio aos praticantes destas modalidades no sul do concelho.
Outros 135 mil euros serão investidos num bar, com casas de banho e espaço de apoio a uma associação no Parque Urbano de Rebordosa. A câmara vai ainda canalizar 135 mil euros para o parque de lazer de Cete, que já está em execução, e outra verba idêntica para a ampliação do Canil Municipal.
Alexandre Almeida adiantou ainda que 450 mil euros serão investidos na aquisição de viaturas de mercadorias de apoio aos serviços municipais, 200 mil euros na compra de uma varredora urbana mecânica, que o concelho não dispõe, e 100 mil euros para um mini autocarro, de 20 lugares, para dar apoio às deslocações dos jovens em diversas atividades.
A câmara pretende ainda comprar, por 100 mil euros, mais um camião de resíduos urbanos com sistema hidráulico, para remover os contentores enterrados (molocks) espalhados pelo concelho.
“Depois de ser aprovado aqui este processo segue para o Tribunal de Contas e só depois de ser visado é que podemos avançar com os investimentos. A taxa de juro é benéfica e se não houver alterações nos próximos tempos vamos pagar apenas 27 mil euros de juros em oito anos”, reforçou o autarca, acrescentando: “É uma operação extramente vantajosa sobretudo numa altura como esta em que vamos ter canalizar mais verbas do orçamento para o reforço do apoio social”.
Na discussão, o deputado do PSD Soares Carneiro criticou o executivo por não ter trazido para discussão os apoios sociais já anunciados no âmbito da pandemia. “Devíamos estar a falar de medidas e não de obras. Peça uma nova assembleia extraordinária pra propor medidas”, disse o deputado dirigindo o apelo a Alexandre Almeida.
“Pensava que não iam usar estes temas para fugir à verdade e lançar a confusão”, respondeu Rui Silva do PS, que saiu em defesa do executivo, garantindo que foram adotadas medidas desde o início da pandemia, sendo nesse dia anunciado também um plano de apoio local, com medidas concretas para famílias, empresas e associações.