- Abril 26, 2025
Multidão despediu-se do Papa Francisco em Roma

Centenas de milhares de pessoas e mais de uma centena de delegações internacionais reuniram-se este sábado em Roma para prestar a última homenagem ao Papa Francisco. O funeral marcou um momento histórico para a Igreja Católica.
O caixão com os restos mortais do pontífice deixou a Praça de São Pedro rumo à Basílica de Santa Maria Maior, atendendo ao pedido do Papa de ser sepultado fora da Basílica de São Pedro, rompendo com a tradição vaticana que vigorava desde 1903, quando Leão XIII foi o último a ser enterrado fora do Vaticano.
Durante o cortejo pelas ruas de Roma, milhares de fiéis aplaudiram emocionadamente o Papa Francisco.
A missa fúdebre, celebrada ao ar livre na Praça de São Pedro, foi presidida pelo Cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais. Marcaram presença cerca de 980 cardeais, patriarcas, bispos, arcebispos, padres e diáconos, assim como 200 ministros e aproximadamente 4.000 sacerdotes que distribuíram a comunhão aos fiéis.
Entre os muitos dignitários presentes estiveram o presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, e o rei Felipe VI de Espanha, bem como as principais figuras do Estado português.
Mudanças no protocolo vaticano
Num gesto inesperado, o protocolo do Vaticano foi alterado para o funeral. Donald Trump e a primeira-dama, Melania Trump, foram colocados na primeira fila, ladeados por outros líderes como o presidente da Finlândia, o presidente da Estónia, o rei de Espanha e o presidente francês Emmanuel Macron, acompanhado de Brigitte Macron. Volodymyr Zelenskyy também esteve na primeira fila, embora um pouco afastado.
A reorganização ilustrou a complexidade diplomática do evento, reunindo representantes de todo o mundo.
Uma cerimónia voltada para os marginalizados
Depois da missa, o caixão do Papa Francisco foi levado para um enterro privado na Basílica de Santa Maria Maior. De forma tocante, foram prisioneiros, migrantes, pobres e pessoas transgénero que receberam o caixão à entrada da igreja, espelhando a missão que Francisco abraçou ao longo do seu pontificado: ser o “servo dos servos de Deus”.